FURTO DE PEÇAS DE FAIANÇA DA FÁBRICA DE CERÂMICA ST. ANTÓNIO DO VALE DA PIEDADE EM VILA NOVA DE GAIA

bacia caleira (2)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foram furtadas do revestimento da fachada do edifício da Fábrica de Cerâmica de St. António do Vale da Piedade (em avançado estado de degradação), sita na Rua Viterbo Campos, Vila Nova de Gaia, as peças que de seguida se discriminam (ver FOTOS no final da notícia): Faianças dos século XIX ou inicio do século XX, certamente da produção da própria fabrica (antiga Fábrica de Cerâmica Santo António do Vale da Piedade).

1) Cerca de 40 telhas de beiral (furtadas entre 21 e 22 de Fevereiro) assim discriminadas:

Telhas de beiral em faiança vidrada, ricamente decoradas como motivos florais, em tons de azul e branco, assim divididas:

Telhas sem relevo com as dimensões médias:

Esquema1 Esquema2

 

 

(telha de canto)

 

Telhas com decoração em relevo, na extremidade exterior, com as dimensões médias:

Esquema3 Esquema4

 

 

(telha de canto)

 

2) Peça, semelhante a uma bacia invertida (furtada entre 28 de Fevereiro e 1 de Março), que dava inicio ao sistema de escoamento de aguas pluviais, que recebe da caleira. De faiança vidrada, de tonalidade base branca e decoração com motivos florais em azul.

O valor económico não está calculado, mas o património é considerado de elevado valor artístico e histórico.

Embora não se trate de peças únicas, pede-se a quem se depare com elementos de faiança semelhantes aos supra descritos e mostrados nas fotos que contacte a Diretoria do Norte da PJ:

Telef Piquete: – 22 508 86 44

Email: directoria.porto@pj.pt  

De referir que a Fábrica de Cerâmica de Sto. António do Vale da Piedade é um dos mais antigos centro fabris de Vila Nova de Gaia, merecendo destaque na história da industria cerâmica regional e nacional, pelos cerca de 150 anos de laboração (fundada em 1784 e extinta na década de 1930). Inicialmente a produção era principalmente de faiança, diversificando no século XIX para loiça em pó-de-pedra, grés, azulejo, telha pintada e peças de ornamentação.

As descrições da fábrica, revelam um edifício semelhante ao que atualmente se conserva no local, embora tenha sofrido um incêndio em 1886, nova reconstrução, e sendo ainda adaptado para habitação, após a extinção da fábrica. Trata-se de um edifício de habitação comum, desenvolvido em altura por três andares. O exterior apresenta revestimento azulejar em duas fachadas (principal e posterior), sendo as restantes revestidas a telha simples, e exibe telhas de beiral em faiança – produções da própria fábrica. (SOEIRO, Teresa [et al.] (1995) – Cerâmica portuense: evolução empresarial e estruturas edificadas. Vila Nova de Gaia: Câmara Municipal, 1995).

bacia caleira (3) bacia caleira (4)ex telha beiral 1 ex telha beiral 3 ex telha beiral 3a

 

ex telha beiral 4