ARTIGO NO JORNAL PÚBLICO de 19.04.15 SALIENTA PAPEL DOS MUNICÍPIOS NA SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO AZULEJAR E ALERTA PARA NOVO AUMENTO DE FURTOS

http://www.publico.pt/local/noticia/camaras-apertam-regras-para-proteger-azulejos-mas-os-furtos-estao-a-aumentar-1692745?page=-1

Saiu ontem domingo, no jornal ‘Público’, um artigo importante de CHAMADA DE ATENÇÃO PARA A CAUSA AZULEJAR, em particular das Câmaras Municipais, às quais o ‘SOS Azulejo’ solicitou, através do seu Parceiro ANMP, que alterassem os seus Regulamentos Municipais de Urbanização e Edificação, no sentido de interditar a demolição de fachadas azulejadas e a remoção de azulejos das mesmas, salvo em exceções devidamente justificadas (como já regulamentado no Município de Lisboa, a solicitação do ‘SOS Azulejo’).

É que, ao ritmo que estas demolições e remoções têm tido lugar, em breve Portugal deixará de ser o país com o património azulejar mais importante do mundo. E ISSO NÃO PODE ACONTECER!

Será portanto imprescindível que todos os Municípios alterem rapidamente os seus RMUEs nesse sentido. De facto, as duas pequenas alterações supra referidas, se introduzidas em todos os Municípios portugueses, terão um enorme impacto a nível da proteção de TODO O PATRIMÓNIO AZULEJAR A NÍVEL NACIONAL, que poderá assim ser alvo de uma candidatura a ‘Património da Humanidade.’

O artigo é também uma importante chamada de atenção para que a Câmara de Lisboa crie finalmente o ‘Banco de Azulejo’ que promete há 6 anos (sendo que as Câmaras de Aveiro, Ovar e Porto já os têm, e foram por tal premiadas pelo SOS Azulejo), e para o inesperado aumento de furtos de azulejos em 2014.

O texto em causa, porém, contém algumas inexatidões, p. ex:

1) A importantíssima medida de interdição de demolição de fachadas azulejadas e de remoção de azulejos das mesmas, introduzida em abril de 2013 no RMUEL de Lisboa, deveu-se unicamente à proposta do SOS Azulejo, que o Departamento de Urbanismo do Município de Lisboa aceitou (o PISAL, dependente do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, não teve qualquer contributo nesta matéria).

2) O facto de os furtos registados de azulejos terem diminuído em + de 80% até 2013, a partir de 2007 – coincidindo exatamente com a criação do SOS Azulejo, não é claramente referido, mencionando apenas o aumento de furtos verificado em 2014.

De qualquer dos modos, o que forçosamente se conclui é que é IMPRESCINDÍVEL continuar a LUTAR por esta CAUSA EM DEFESA DO PATRIMÓNIO AZULEJAR, em todas as frentes.

Juntem-se ao SOS AZULEJO! Se testemunharem furtos de azulejos comuniquem à polícia e, se se confrontarem com demolições ou remoções de azulejos em Lisboa, contactem-nos: museu.pj@pj.pt

Sensibilizem também os vossos municípios para que adotem as medidas supra referidas!

Por fim, façam-se nossos amigos no fb e, se tiverem ideias, comuniquem!