Colóquio Aberto – Bichos e outras maravilhas

noticias_coloquio_bichos26 de Maio (16h 30 – 19h 30)

27 Maio de 2012 (10h 30m- 14 h 00)

Convento de São Paulo Hotel/Museu da Serra d’Ossa, Redondo

Organização: ACLUS – Associação de Cultura Lusófona / Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Apoio institucional: Fundação Henrique Leote / Convento de São Paulo, Hotel/Museu da Serra d’Ossa

Coordenação: Maria Adelina Amorim

Palradores :
Ana Paula Rebelo Correia, Era uma vez… um leão, um touro e uma águia.

António Vieira, Os Animais e os Homens. Presenças e Percepções.

Cristina Neiva Correia, Macacarias nas Artes Decorativas em Portugal.

José Meco, Visita guiada aos espaços azulejares do Convento.

Maria Adelina Amorim, Geografias Zoológicas do Novo Mundo.

Maria João Coutinho e Simion Cristea, Os animais na política: A história hieroglífica do rei Dimitrie Cantemir.

Maria de Lourdes Cidraes, Encantamentos, milagres e outros prodígios.
O bestiário das lendas portuguesas.

Pedro Flor, Analogias entre retratos e animais no tempo do Renascimento.

Susana Varela Flor, Animalia no Retrato Barroco: decoração ou retórica?

Vitor Serrão, A lendária Ave Roc e a sua iconografia na arte do mundo português.

PROGRAMA
Dia 26, 16h 30 m – 19h 30 m
Igreja Velha do Convento

Abertura do Colóquio:

Engenheiro Henrique Leote
(Fundação Henrique Leote / Convento de São Paulo Hotel Museu da Serra d’ Ossa)

Maria Adelina Amorim
(Associação de Cultura Lusófona (ACLUS) / Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)

Palração inaugural: Pedro Flor, (Universidade Aberta / Instituto de História da Arte da FCSH/UNL)

Analogias entre retratos e animais no tempo do Renascimento.
Resumo:
A presença de animais na retratística do Renascimento é usual e remete-nos para o mundo da simbologia e do código iconográfico plurissignificativo.
Herdeiro de uma tradição medieval de representar o símbolo em estreita associação com a figura humana, o retrato renascentista vai aprofundar tal potencialidade, enriquecendo-a de significado. A tratadística coeva e a generalização das teorias fisignomónicas no século XVI irão novamente utilizar os animais como modelos comportamentais e como espelhos da alma humana.

Palrações:
António Simões Alves Vieira,
(Engenheiro agrónomo e arquitecto paisagista)
Os Animais e os Homens. Presenças e Percepções
Resumo:
Referências à enorme riqueza e diversidade das múltiplas manifestações da presença dos animais quer no espaço próximo onde se trabalha e habita, quer no espaço mais amplo e livre da paisagem envolvente. Alguns reflexos desta presença na actividade e nas atitudes das pessoas.

Maria de Lourdes Cidraes,
(Centro de Tradições Populares Portuguesas / Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
Encantamentos, milagres e outros prodígios. O bestiário das lendas portuguesas.
Resumo:
Que animais povoam as nossas lendas? Reflexões sobre as características e funções que lhes são atribuídas nas diversas categorias do corpus lendário português (lendas sagradas, lendas do sobrenatural, lendas históricas e lenda etiológicas).

Cristina Neiva Correia,
(Palácio Nacional da Ajuda)
Macacarias nas Artes Decorativas em Portugal. Reflexões.
Resumo:
As singeries, difundidas através da pintura e gravura europeias, tiveram eco nas artes decorativas em Portugal, especialmente na azulejaria setecentista. Mas não só… As macacarias, presentes na azulejaria surgem também na escultura de pequeno e médio formato, na pintura de cavalete e na pintura mural, em peças históricas ou contemporâneas e perduram como sátira ou elemento decorativo até hoje. Parte-se de alguns exemplos como mote para reflexões em torno deste tema, tão decorativo quanto interpelativo.

Ana Paula Rebelo Correia,
(Escola Superior de Artes Decorativas/ Faculdade de Ciências Sociais e Humanas / UNL)
Era uma vez… um leão, um touro e uma águia.
Desde os tempos mais remotos que, no universo dos “animais e outras maravilhas”, o leão, o touro e a águia se destacam pelo simbolismo que traduzem. A sua força, persistência e resistência na natureza, tornaram-nos representantes dos mais diversos conceitos e tema de variadíssimas iconografias, do tetramorfo aos Hieroglifos de Horapolo e à construção de alegorias, quase sempre alusivas às qualidades e virtudes humanas.
Na nossa comunicação procuraremos ilustrar a “fortuna iconográfica” da águia, do touro e do leão, três animais que, do oriente ao ocidente, na iconografia pagã ou cristã, tiveram sempre um papel de destaque.

 Dia 27,

10h 30m – 14 h
Igreja Velha do Convento

Vitor Serrão,

(Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
A lendária Ave Roc e a sua iconografia na arte do mundo português.
Resumo:
O maravilhoso e inóspito envolvem as representações da mítica Ave Roc, cuja origem remonta à luta entre a ave solar indiana Garuda e a serpente (ou elefante) Naga que transporta uma tartaruga, tal como se descreve nas epopeias sânscritas do Mahábharata e Ramayana, na mitologia hinduísta de Vishnú, no Simurgh da religião persa, em contos das Mil e Uma Noites, Sinbad e Aladino, até ao relato do veneziano Marco Polo, já no século XIII. A arte europeia do século XVI, segundo o iconólogo Rudolf Wittkower, visionou esse combate mítico, com as suas ressonâncias milenares, à luz de uma carga escatológica e moralizante. A gravura do maneirista Giovanni Stradano alusiva ao navegador português Fernão de Magalhães representa a Ave Roc entre outro bestiário que povoa da viagem de circum-navegação narrada por António Pigafetta e abre caminho a múltiplas variações e a um acervo iconográfico abundante. As gravuras de Theodor de Bry, por exemplo, e o mobiliário e têxteis indo-portugueses do século XVII, multiplicaram singulares alusões moralizantes a esse estranho combate das mitologias orientais.

Susana Varela Flor,
(Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
Animalia no Retrato Barroco: decoração ou retórica?
Resumo:
Os pintores de retrato barrocos apoiaram-se na representação de animais para compor a imagem de um retratado. Neste sentido é comum observar-se a presença de aves, cães, macacos, veados, cordeiros, etc, cujo desenho constitui, muitas vezes, um desafio às próprias qualidades técnicas dos artistas. Apurar o(s) significado(s) da sua presença, será o objectivo desta comunicação que nos permitirá, simultaneamente, traçar um percurso sobre a retratística inglesa seiscentista.

Maria João Coutinho e Simion Doru Cristea,
(Técnica Superior Principal da Biblioteca da Faculdade de Letras de Lisboa / Doutor em Filosofia da Linguagem pela FLUL),
Os animais na política: A história hieroglífica do rei Dimitrie Cantemir
Resumo:
Na obra História Hieroglifica, o humanista romeno Dimitrie Cantemir comenta ficcionalmente a sociedade da época através de três grupos animais: as aves, os quadrúpedes e os peixes.

Maria Adelina Amorim,
(Associação de Cultura Lusófona (ACLUS) / Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
Geografias Zoológicas do Novo Mundo
Resumo:
Há na América e no Peru muitas feras, como leões, ainda que estes não igualem em grandeza e braveza e na mesma cor vermelha os famosos leões da África, há tigres muitos e sobremodo cruéis, embora o sejam mais comummente com os índios do que com os espanhóis. Há ursos, embora não tantos; há javalis; há incontáveis raposas (…). De todos esses géneros e animais e de muitos outros que serão nomeados em seu devido lugar, abunda a terra firme das índias. Se o Padre José de Acosta na sua História Natural espelhou a sua perplexidade e maravilhamento pelas múltiplas espécies animais existentes no Novo Mundo, mais não fez do que interrogar a diferença entre aquelas animálias e as do velho continente, de que não havia memória nem de nome, nem de figura entre os latinos e os gregos.
Esta diferença marcaria a discussão sobre a origem das espécies americanas desde os primeiros naturalista e teólogos. Burton (Anatomy of Melancholy, 1621) recupera as teorias de Santo Agostinho para justificar a existência desses animais: como teriam chegado às ilhas desertas? Como teriam “escapado” ao dilúvio universal sem embarcar na Arca de Noé? Não se negava, com certeza, que tivessem sido transportados por anjos obedecendo às superiores ordens de Deus…
O Pd. Sánchez Labrador comungava da mesma inquietação: nessa parte do mundo se acham espécies não vistas em outras: quem as levou e por que vias de terra ou de água?”
Pode considerar-se que a “geografia zoológica “ aparece bem determinada pelo menos desde Marco Pólo, ou até, Solino. Mas não ficam de fora os cartógrafos medievais que preenchem o vazio dos seus mapas de seres animalescos e fantásticos. No Novo Mundo, desde Colombo a Oviedo, a Frei Cristóvão de Lisboa, Cardim, Jean de Laet, Bernabé Cobo, e tantos outros, com as suas histórias naturais levantavam a questão da pluralidade da criação, que vinha abrir portas para perigosas imaginações, a pôr em causa a própria cronologia bíblica e a criação do Homem. Humboldt e Buffon entrariam na discussão.
Tentamos sondar estes desígnios secretos da natureza e da Providência, que faz mais uma vez justificar a vida dos homens através dos seus congéneres animais. E então quem guiou as feras do Novo Mundo para a Arca, e de novo depois do dilúvio? Afinal o Patriarca tinha um Jardim Zoológico flutuante onde elas se recolheram para depois regressarem às Américas natais. Padre da Costa dixit.

12h 30m
José Meco,
(Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
Visita guiada aos azulejos do Convento de São Paulo Hotel/Museu da Serra d’ Ossa

NOTAS ZOO(LÓGICAS)

Ana Paula Correia
Doutorada em História da Arte pela Université Catholique de Louvain (Bélgica), onde fez igualmente a Agregação em Metodologia das Artes Plásticas. Tem-se dedicado ao estudo da iconografia no património integrado (azulejo, estuque, pintura). É docente na Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva onde lecciona História da Arte (Antiguidade, Medieval e Moderna) e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde lecciona, na licenciatura e no mestrado, Introdução à Museologia, Iconografia e Iconografia Medieval. É investigadora e consultora em diversos projectos FCT.

António Simões Alves Vieira
Engenheiro agrónomo e arquitecto paisagista, exerceu actividade nas áreas da Hidráulica Agrícola, Economia e Desenvolvimento Rural enquanto técnico da COBA, Consultores de Barragens e Planeamento, SA em Portugal e no Brasil, consultor independente em Cabo Verde, Angola e Moçambique e perito do Banco Mundial em S. Tomé e Príncipe. Administrador da Companhia das Lezírias, EN, gestor de investimentos em aquacultura no IPE – Instituto das Participações do Estado, EP, técnico de marketing e Director de Vendas na Quimigal – Química de Portugal, EP e membro da Redacção da Spore / Esporo a revista de agricultura e desenvolvimento rural financiada pela U. E. com maior difusão nos países ACP.

Cristina Neiva Correia
Licenciada em Ciências Históricas pela Universidade Lusíada, Lisboa, em 1989.Integra a equipa do Palácio Nacional da Ajuda (PNA) desde 1989 onde, sucessivamente, desempenhou funções de investigadora, técnica do Serviço Educativo e é, desde 2002, responsável pela colecção de Cerâmica. Participou na equipa do projecto pedagógico “Mesa Real Portuguesa”, no âmbito da presença da Baixela Germain na exposição Versailles et les Tables Royales en Europe, Palácio de Versalhes, em 2002. Apresenta regularmente palestras sobre a colecção de cerâmica no PNA, de que se destaca: A cerâmica europeia nos ambientes do PNA; Sèvres na Colecção do PNA; Deuses com pés de barro. A mitologia na colecção de cerâmica; Arte Nova nas colecções do PNA.Publicações recentes: “Petits Souvenirs de Sèvres. Elementos para o estudo do acervo cerâmico do Palácio Nacional da Ajuda” in Revista de Artes Decorativas, 2009; “Deslumbramento, profusão e ordem. Aspectos decorativos da mesa real em finais do século XVIII” in A Mesa dos Reis de Portugal. Ofícios, consumos, cerimónias e representações (séc. XIII-XVIII), 2011. Desenvolve actualmente o projecto de exposição permanente de objectos ligados às artes da mesa no PNA. É afiliada no ICOM e na London Silver Society. Integra os Corpos Sociais da APHA.

Maria Adelina Amorim
Doutorada em História pela Universidade de Lisboa com a tese: “A Missionação Franciscana no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1622 – 1750): Agentes, Estruturas e Dinâmicas”. Mestre em História e Cultura do Brasil pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Licenciada em História.
Presidente da direcção da ACLUS – Associação de Cultura Lusófona/ Faculdade de Letras da universidade de Lisboa. Investigadora do CLEPUL- Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias/ FLUL. Professora Auxiliar na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Tem integrado vários projectos de investigação nas áreas da História Colonial, Literatura de Viagens e Lusofonia. Coordenação e publicação em co-autoria do Dicionário Temático da Lusofonia Lisboa, 2005 e 2009. Publicou, entre outros, Os Franciscanos no Maranhão e Grão-Pará: Missão e Cultura na Primeira Metade de Seiscentos, Lisboa, 2005; Reino Sem Corte, 1807- 1821, 2011.Tem vários artigos publicados e conferências nas áreas de História Colonial, Brasil, Angola, missionação, escravatura, lusofonia, artes e património lusófono, viagens e mirabilia, entre outras.

Maria João Coutinho
Possui o Curso de História, variante Arqueologia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pós-graduação em Paleontologia. Bolsas de estudo na Polónia, França. Tradutora para língua romena e francesa. Membro do ACLUS, CLEPUL, APT, AIP/IAP. Autora de diversos livros de índole literária africana, realizadora. Técnica Superior Principal da Biblioteca da Faculdade de Letras de Lisboa. Responsável pelos eventos culturais da Biblioteca.

Maria de Lourdes Cidraes
Doutorada pela Universidade de Lisboa, investigadora do Centro de Tradições Populares Portuguesas (CTPP) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professora aposentada da mesma faculdade. Tem desenvolvido o seu trabalho de investigação científica e actividade docente na Área dos Estudos Literários e Culturais, particularmente no campo do imaginário nacional português e suas representações na literatura e na arte.

Pedro Flor
Doutorado em História da Arte Moderna pela Universidade Aberta (2006) com a tese A Arte do Retrato em Portugal – entre o fim da Idade Média e o Renascimento, depois de ter realizado licenciatura (1993) e mestrado (1998) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Desde 1998, lecciona várias unidades curriculares na área da História da Arte e Museologia na Licenciatura e Mestrado na Universidade Aberta. É Vice-Coordenador do Curso de Mestrado em Estudos do Património da mesma Universidade. É Sub-Director e investigador do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena a linha de investigação Estudos sobre Lisboa. É o Investigador Responsável do projecto Lisbon in Tiles before the 1755 Earthquake (PTDC/EAT-EAT/099180/2008), aprovado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em 2009. É Investigador responsável do projecto ROBBIANA – The Della Robbia sculptures in Portugal: History, Art and Laboratory (PTDC/HIS-HEC/116742/2010), aprovado pela FCT em 2011. Colabora actualmente com o Departamento de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa na leccionação da unidade curricular de Pintura Portuguesa dos séculos XV e XVI no Curso de Licenciatura em História da Arte. Tem desenvolvido investigação no âmbito da arte do Renascimento em Portugal, participando em encontros de carácter científico nacionais e internacionais e publicando vários artigos da especialidade. É Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História. É actualmente o Presidente da Associação Portuguesa de Historiadores da Arte.

Simion Doru Cristea
Curso de Filologia, especialização Língua, Literatura, cultura e civilização Romenas e Latinas, pela Faculdade de Filologia da Universidade de Cluj-Napoca, Roménia. Pós-graduação em Filologia e História. Bolsa de estudo em Espanha, Salamanca. Doutor em ciências filológicas pela Universidade de Cluj-Napoca, Doutor em filosofia da linguagem pela Faculdade de Letras de Lisboa. Tradutor para língua romena. Membro do CLEPUL, APT, AIP/IAP, ACLUS. Autor de livros de índole literária, realizador. Professor de língua e cultura romenas no Instituto Cultural Romeno em Lisboa.

Susana Varela Flor
Doutorada em História (especialidade Arte, Património e Restauro) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 2010, com a tese Aurum Reginae or Queen-Gold: a Iconografia de D. Catarina de Bragança entre Portugal e Inglaterra de Seiscentos. Desde 2006, é coordenadora da Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões, tendo sido responsável pela inventariação do seu espólio e sua transferência para o Museu Nacional do Azulejo. Integrou o Comissariado Científico da exposição evocativa do centenário do nascimento de João Miguel dos Santos Simões em 2007. É investigadora responsável do projecto Biblioteca DigiTile: Tiles and Ceramic on line (PTDC/EAT-EAT/117315/2010) financiado pela FCT/MCTES (PIDDAC) e colabora com a Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva ministrando a cadeira de História da Pintura na Licenciatura de Conservação e Restauro.

Vitor Serrão
N. Toulouse – França, 1952. É Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa. Dirige o Instituto de História da Arte e o centro de investigação IHA-UL. É autor de vários livros e estudos sobre arte portuguesa dos séculos XVI a XVIII e comissário das exposições Josefa de Óbidos e o tempo barroco (IPPC, 1991), A Pintura Maneirista em Portugal. Arte no tempo de Camões (CNCDP, 1995) e Rouge et Or. Trésors d’Art du Baroque Portugais (Paris-Roma, 2001-02). Pertence às Academias das Ciências, de História e de Belas-Artes, e ao conselho redactorial da revista Archivo Español de Arte.

(…) E o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará ao pé do cabrito; o novilho, o leão e a ovelha, viverão juntos, e um menino ao conduzirá.

O novilho e o urso irão comer às mesmas pastagens; as suas crias descansarão umas com as outras, o leão comerá a palha como o boi.